segunda-feira, 26 de março de 2007
" O DIA EM QUE O MEU PAI CHOROU "
ATENÇÃO: LEIAM ESTE POST COM TEMPO! ELE É GRANDE, INTENSO! UM DESABAFO, EU DIRIA! BOM... EU CONFIO EM VOCÊS!


Quando eu tinha pouco mais de 1 mês de idade o meu pai faleceu.
Na hora, eu não senti muito essa perda, afinal de contas eu ainda não tinha noção das coisas. Quem sentiu mais foi minha mãe, já que ela se viu com 20 anos, um bebê no colo e viúva. Então vocês imaginem...
Algum tempo depois ela se envolveu com o meu padrasto.
Vou fazer um parêntese e dizer que só uso a palavra padrasto para vocês entenderem a situação. Eu não consigo chamar meu pai de padrasto, pois o papel que ele ocupa na minha vida definitivamente não é caracterizado como tal.
Então.
O meu pai tem mais 3 filhos. Meus, chamados, irmãos de criação. Estes me adotaram verdadeiramente como irmã. Eles me conhecem desde quando eu tinha 1 ano de idade e convivem comigo muito mais do que muitos membros da minha família de sangue.
Até aí, tudo bem!
Se não fosse pelo simples fato de que meu pai abdicou de criá-los para estar comigo.
Ai!!!
Frase difícil essa né? Vou explicar melhor.
Às vezes eu sinto que o meu pai é mais pai meu do que de seus próprios filhos.
Isso, porque ele mora comigo, e não com eles.
Ele se envolveu durante todos estes anos na minha criação. Ele me viu crescer, me guiou, compartilhou momentos chave na minha vida. Participou das festinhas de colégio de dia dos pais, me ensinou uma variedade de coisas, ele esteve sempre presente.
Presente.
Na verdade, ele é o meu presente.
Infelizmente eu perdi meu pai biológico. Mas tive a oportunidade, e a felicidade, de ter na minha vida uma pessoa que assumiu completamente este papel. Sempre!
Massssss, como tudo na vida tem seu lado bom e ruim, o meu pai é uma pessoa difícil.
Ele é duro na queda (Afe!).
Muitas vezes eu duvidei de seu amor por mim, porque ele não tem facilidade de expressar o que sente.
Ele raramente diz “Eu te amo!”.
Prefere expressar que ama dizendo que não se importa de se acordar às 5 horas da madrugada pra te pegar em uma festa porque está chovendo. Prefere expressar que ama dizendo que depois de um dia inteiro de trabalho, ele se deu ao trabalho de fazer um suflê de cenoura, pois sabe que você adora.
Ele raramente se emociona.
Quando algo o toca, ele disfarça. Embarga a voz, pigarreia, passa a mão no (pouco) cabelo, ajeita os óculos, mas nunca dá o braço a torcer.
Eis que neste final de semana o meu pai chorou.
E chorou por mim, o que é mais intrigante.
Não na minha frente, é claro. Ele tenta se preservar. Uma atitude inteligente da parte dele.
Nunca o vi chorar. Nem nas homenagens que fazia na escola pra ele.
Ele chorou por ver nos meus olhos que hoje sou a dona da minha vida, chorou por estar perdendo o controle, chorou por saudades de um tempo que não volta mais, chorou por não concordar com o meu estilo de vida, chorou por saber que hoje tomo as minhas próprias decisões. Chorou por me amar.
Quando eu soube disso, eu também chorei.
Não na frente dele, é claro. Também sou inteligente, também me preservo.
Chorei por fazer meu pai chorar.
Chorei por saber que hoje não sou um exemplo de filha, chorei por saber que também estou perdendo o controle de tudo, chorei por saber que estou errada em algumas atitudes.
Choramos, então, os dois.
Não na frente um do outro. Somos ambos, orgulhosos! Isso virou mais um tabu (dentre tantos que existem) para nós.
Ninguém vai ceder. Nem o lado certo e nem o lado errado. Se é que ainda consigamos identificar qual é qual.
Complicado.
Me machuco demais quando percebo a gravidade da coisa, mas... Enfim!
Ai, gurias...
Talvez vocês achem longo e cansativo esse post. Mas eu quero que vocês saibam que este é o único lugar em que me entrego, pois confio na força e na amizade em que a gente desenvolve aqui.
Eu tenho pouco mais de 6 meses de blog e me sinto muito a vontade de me abrir com vocês. Não sei se vocês vão entender e dar valor a tudo o que eu escrevo.
Acho (e espero) que sim!
Por isso que escrevo! Pois sei que vocês vão ler e se identificar comigo, de alguma forma.




Ah! Antes de acabar.
Muitissimo obrigada pelos comentários e conselhos pra minha amiga. Este é mais um dos tantos assuntos difíceis pra mim. Vou pensar sobre tudo. Vou chegar a uma conclusão e ajuda-la. Quem sabe assim eu não acabo me ajudando também né? (Por mais improvável que isso seja!!...)
Adoro vocês, um beijo no coração de todas.

posted by Anna Dark at segunda-feira, março 26, 2007 -
30 Comments:
  • At segunda-feira, 26 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Eu não tive o prazer de ter um Pai,nem mesmo um padastro só tenho minhas mães

     
  • At segunda-feira, 26 março, 2007, Blogger Pink Rose said…

    Anjo,
    Já ouviu aquela frase que "Papai do Céu escreve certo por linhas tortas?" sempre gosto de corrigir esta frase assim: "Papai do céu escreve certo por linhas certas, pq ele sempre sabe o que faz!"
    O tempo passa muito rápido e acabamos não valorizando os momentos vividos, ficamos naquela ânsia pelo manhã e esquecemos de contemplar o hoje. Sabe, acho que vocês de repente se deram conta que o tempo passou...Isso da uma tremenda insegurança, uma saudade antecipada de momentos felizes que viveram. Vocês devem estar a porta de uma nova fase, ele não pode impedí-la de entrar e nem você pode querer ficar. É essencial para os dois que essa nova fase seja vivida.
    Tenho 31 anos e sou a única filha mulher. Meu pai sempre foi muito ciumento, possessiva com um zêlo exagerado por mim. Isso prejudicou nosso relacionamento enquanto eu era solteira. Não entendia esse amor que não permitia que eu curtisse as festinhas, namorasse bastantão, etc. Só depois que casei pude conhecer a pessoa linda que meu pai é. Hoje, posso dizer que somos grandes amigos. Sinto até falta daquele cuidado, compreendo a preocupação dele e sei que se sou o que sou hoje, foi exatamente graças as atitudes que ele tinha na época.
    Mas tive que atravessar a porta. Tivémos que passar para a outra etapa de nossas vidas. No começo assusta. Fica aquela sensação de que deveríamos ter aproveitado mais os momentos, mas não em jeito.
    O que quero lhe mostrar com esse exemplo da minha vida é que essa nova fase pode ser infinitamente melhor do que a que vosês já viveram. Não pense que esta perdendo. Pense que está ganhando um grande amigo. Bonita a sua história... Não se sinta culpada pela distância dele com relação aos seus irmãos. Sinta-se privilegiada por papai do céu ter te dado um presente tão valioso.
    Você tem um coração muito lindo!
    Beijos

     
  • At segunda-feira, 26 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Post lindo.
    Eu também nunca vi o meu pai chorar, nem mesmo quando o meu avô morreu.
    Sei que ele sente algum amor por mim mas ainda assim por vezes duvido. Duvido que talvez esse amor tenha sido substituido por obrigação, ou apenas pelo desejo de um dia poder ver algum resultado naquilo que plantou ou ajudou ou financiou ou apostou. Receio que o facto de me pagar viagens de finalistas, o facto de me ir buscar às 4 da manha, o facto de me levar onde eu quiser e pretender não sejam na sua maioria das vezes o seu modo de expressar 'amor', mas sim algo que tem de fazer. Porque sim.
    Não espero por isso lagrimas nem conversas de 'pai para filha' quando um dia reparar finalmente no meu 'estilo de vida'. Na verdade, não espero sequer um dia repare. Mas pai é pai e acho que quando combinado com o lado humanista e sentimental da minha mãe o núcleo fica um pouco mais equilibrado.
    Mais uma vez, lindo post*

     
  • At segunda-feira, 26 março, 2007, Blogger Zatanna said…

    Bah, esse post diz tudo o que sinto tbm... Ontem fiz uma coisa horrivel pro meu pai, gritei com ele por bobagem, depois disse me senti mto mal, e to sentindo até agora... me sinto culpada por ser desse jeito horrivel...

    Ele nunca se nega pra mim, sempre faz minhas vontades e trato ele as vezes de uma forma que jamais devereia tratar...

    me despeço me sentindo o ultimo dos serer mais despresiveis...

    ='(

     
  • At segunda-feira, 26 março, 2007, Blogger Doce Ana said…

    Oi florzinha,td bom?
    Puxa me emocionei com teu post,lembrei-me das duas peças importantes na minha vida,meu pai e minha mãe...os fiz sofrer por opção de escolha tb,escolhi viver da minha maneira.
    Imagino o qto teu pai te ama,independente de tudo que vc faça,ou diga,ele sempre te amará.Eu creio de todo coração que amor de pai e mão é único,não há igual,digo até espécie de amor platônico,amam muitas das vezes sem serema amados...não é o teu caso pois vc o ama tanto qto.Não te preocupes pq lá no fundo pela experiência de vida que ele tem,ele passou a tua fase e sabe q tudo muda,menos o teu sentimento,pois isso morrerá contigo.Dói pq ele te viu crescer,mas o respeito q ele tem por ti tem falado mais alto!!
    Tenho certeza q vc deu e dará mtas alegrias a ele,cabe a vc este papel!!!
    Um bjão

     
  • At segunda-feira, 26 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Anna,

    Mais um vez li e reli o teu post. é lindo por demais. Meu pai também tem dificuldade em expressar os seus sentimentos mas como eu costumo dizer "Ele é a melhor pessoa que eu conheço". O meu pai esteve sempre do meu lado mesmo nas alturas mais complicadas da minha vida quando mais ninguém acreditava em mim. Por tudo isto entendo-te.

    Beijinhos,

    Anna Beatriz

     
  • At segunda-feira, 26 março, 2007, Blogger Lady Insane said…

    Miga lindo este post!
    Definitivamente é um dos melhores que eu li... te juro que me emocionei ao ponto de chorar.
    Mas saoba que você é uma pessoa de sorte porque possui alguém que a ama incondicionalmente neste mundo. Mesmo não sendo seu pai biológico ele te ama exageradamente.
    Linda desejo tudo de bom pra você e sua família. Espero que vocês fiquem todos bem.

    Bjos

     
  • At segunda-feira, 26 março, 2007, Blogger ana casamento said…

    Sabes, eu sempre tive um relacionamento muito complicado e difícil com o meu pai. A vida dele não permitia muito espaço para os filhos, cresci com a ausência dele. Aos 19 anos ele mal me conhecia e eu sentia ódio por ele. Estavamos sempre a discutir, quando olhavamos um para o outro. Até que um dia, um fatidíco dia, o meu irmão sofreu um acidente e morreu. Então, apartir desse dia tudo mudou. Ele passou a estar presente e eu, que sempre fui distante e fria, comecei a perder o orgulho e passei a beija-lo, abraça-lo e a dizer que o amo sempre que posso. Aprendi a ama-lo da maneira como ele é e ele a mim. Coclui que ao fim de 19 anos que mal nos conheciamos, muito foi por causa do meu orgulho. Não me serviu de nada, nessa situação. Por isso, diz ao teu pai que o amas, escreve um bilhete ou até uma carta (foi assim que comecei), reconhece que erras e deixa bem claro que hoje e sempre ele será imprescindível na tua vida e que a opinião dele é fundamental. Não percas tempo, porque nós nunca sabemos o que nos pode acontecer amanhã.
    Muita força, sucesso, saúde e determinação.
    Sejamos magras e felizes

     
  • At segunda-feira, 26 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Linda, hoje é o último dia antes da Páscoa em que conseguirei comentar. Claro que tinha que ser no seu blog. E, de presente, ganhei esse texto lindo sobre seu pai. É mais um lado teu que me emociona e que me faz me sentir ainda mais próxima de ti. Eu tenho uma irmã adotiva e acho que sei exatamente o que vc quer dizer sobre essa relação onde o afeto supera o sangue que corre nas veias.
    Queria estar mais presente agora para poder te ajudar a superar qualquer coisa que seja, mas se conselhos valem de alguma coisa, saiba que é certeza que seu pai tem muito orgulho de ti. Quem não teria, hein? Uma menina linda, inteligente, independente e que sabe escrever com o coração!
    Olha, estarei lá longe sempre pensando em vc. No fundo, nossa meta serviu não só pra gente se conhecer, mas sim pra fazer com que nesse mundo enorme a gente possa encontrar pessoas tão especiais.
    Se der eu volto durante a viagem. Se não, quero que me prometa que vai ficar bem. Estarei fazendo o mesmo. Beijíssimo!

     
  • At segunda-feira, 26 março, 2007, Blogger Dreamer said…

    Só de ler o que você escreve aqui dá para perceber que vc é uma pessoa boa, deve ser muito querida e amada por todos que a rodeiam, e com certeza por seu pai mais ainda! As vezes é assim, as pessoas não sabem demonstrar esse amor muito bem, mas ele é simplesmente sentido, de alguma forma. com certeza vc é importante para o seu pai assim como ele é para vc, mesmo ele nao demonstrando com as palavars, como vc disse, ele demonstra com atos(e lagrimas) e com o passar do tempo o amor vai crescendo cada vez mais. A gente acaba por aprender a conviver com quem amamos, nao importa o que aconteça!

     
  • At segunda-feira, 26 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Foda esse negocio de pai.
    O meu é mto controlador, ciumento e talz.
    E eu sei que ele me ama, mas acima de respeito sempre tive medo dele.
    Seila, Freud explica...
    =*

     
  • At terça-feira, 27 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    que lindo!

    Sabe, de verdade, eu me preocupo mais com a minha família do que comigo mesma. Sabe porque? Eles não têm culpa! (no meu caso pelo menos, é assim). As pessoas que nos amam, sofrem tanto (ou mais) que nós vendo o nosso sofrimento. Para o seu pai, te ver assim é muito mais difícil do que a gente possa imaginar. Amor de pai e mãe é imcomparável! E é tão grande, que o próprio Deus concedeu aos nossos pais o poder de nos abençoar quando tomamos a benção. Eu não sei se vcê tem esse costume, eu sou católica e aprendi que a benção dos nossos pais é tão sagrada que é capaz de nos proteger de males que são até mesmo invisíveis aos nossos olhos. O amor deles é forte assim. Nossos pais dariam a vida por nós. Eles se sacrificam e sempre se sacrificaram desde que éramos crianças. Ver seu bebê crescendo e "destruindo" a própria saúde sem ao menos poder fazer nada deve ser um golpe muito duro! Mas nós, como filhas, não temos a exata noção do que seja isso.

    Também quero muito que meus pais se orgulhem de mim. Não quero ser um motivo de tristeza pra eles... Não quero ver o tempo passar e ver que eles continuam sofrendo (mesmo que seja quietinho, como o seu papai) Será que eles vão nos entender algum dia? Ou se orgulhar de nós?

    Agradeço a Deus pela família que eu tenho. Achei lindo quando disse que seu pai é um presente. Pode ter certeza que é mesmo. E ele te ama muito!

    to emocionada ainda... se cuida ta? Beijao!!! *.*

     
  • At terça-feira, 27 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Entendo você querida. Meu pai também é assim. Orgulhoso, não dá o braço a torcer e não diz que me ama. Talvez por esse motivo me doa tanto magoa-lo sabe? É péssimo saber que alguém sofre por nossa causa. Mas pior ainda se esse alguém é uma pessoa que amamos. Não achei seu post chato. Pelo contrario. Achei profundo. Você pode confiar em mim, e sei que também posso confiar em você.
    Um beijo querida. Fique com Deus e que ele cuide sempre de você!!!!
    te gosto muito!!!

     
  • At terça-feira, 27 março, 2007, Blogger Unknown said…

    Intrigante, intenso, rumoroso, real, gosto dos seus textos

     
  • At terça-feira, 27 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Olá... fiz um comment no seu post anterior e reafirmo agora que não sofro de nenhum TA, mas mesmo assim me identifico bastante com vc.
    Meu pai faleceu em janeiro do ano passado, teve um AVC e se foi de repente, no 1º dia do ano.O sofrimento é inacraditável... ele era uma pessoa fantástica, que assim como o seu, esteve presente em todos os momentos da minha vida (pelo menos em todos os que ele conseguiu), sempre foi nas reuniões do colégio, me buscar nas festinhas, qdo era bebê era ele quem me fazia dormir, e brincava comigo sempre, enfim, sempre digo que ele foi o pai que eu pedi a Deus.
    E ele se emocionava, era super carinhoso, um dia chorou pque me deu um tapa (que nem doeu nada, foi um tapinha rs) enfim, era um pai MARAVILHOSO.
    Ainda assim, com toda essa proximidade, estivemos distantes em algumas fases, e até hoje me dói demais por dentro qdo acho que não demonstrei todo amor que sentia por ele....
    Por isso, peço que tente (dentro dos seus limites) expressar seus sentimentos pelo seu pai, sei que é difícil, mas vc tem essa oportunidade, daria tudo pra poder falar algumas coisas pro meu paizinho, mas hoje não posso mais... aproveite a chance que vc tem, e não irá se arrepender.
    Um abraço

     
  • At terça-feira, 27 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Oi! Eu tinha vindo aqui apenas para agradecer o comentario que voce fez no meu blog, mas quando entrei vi a frase que vc escreveu para lermos com tempo, o seu desabafo. No começo, até pensei em não ler, apenas agradecer o coment e ir embora, mas me interessei em ler. Li seu desabafo inteiro, e me emocionou muito o que vc escreveu, porque me identifiquei muito. Tbm não conheci meu pai biologico,e nem minha mãe. Sou filha adotiva, e meus pais me adotaram logo depois de meu nascimento. Pouco antes de ler seu post, tive uma briga com meu pai, meu irmão disse que sou mal agradecida, porque não dou valor ao que meus pais fazem por mim. Claro que não dei o braço a torcer, disse que meu pai fazia tudo errado e tal. E toda essa discussão foi porque eu pedi uma mesada. Meu pai falava que fez tudo por mim, que nunca me deixou faltar nada, que tive muito mais privilégios que todos meus irmãos. Depois que li seu post, pensei em tudo que meu pai ja fez por mim, meus irmãos nunca tiveram o que tenho. Tenho um quarto só pra mim, celular, computador, som, videogame, tv... Desde pequena sempre tive festas de aniversários (festas maravilhosas com muitas pessoas, comida, musica, milhoes de presentes etc), e meus irmãos (que são de sangue) nunca tiveram isso. Hoje todos já são casados, meus pais me adotaram, ja com 50 anos, hoje estao velhinhos e cansados. Sempre me achei a certa, respondo, não ajudo em casa, e ainda me acho no direito de ganhar as coisas... :( Se fosse antes de ler seu post, jamais teria dito isso, mas apenas umas palavras de uma menina que eu não conheço,me fez enchergar tudo o que todos sempre disseram pra mim. Se não fosse por eles, hoje estaria na rua, catando lixo, ou na favela, ou me prostituindo ou algo desse tipo. Eu reclamo da vida, sendo que ela me deu uma chance de ser alguem, porque meus pais me criaram para ser uma Rainha.Me deu um pai e uma mãe, que me criaram com todo amor, me pegaram sem querer saber se tinha doenças, da onde vim, minha raça, nem minha cor. Não posso apagar o passado, eles me deram de tudo, e a unica coisa que dei em troca foi muitos desgotos. Mas a partir de hoje, quero mudar o futuro, porque quero que no dia em que eles se forem, tenham pelo menos, uma alegria no resultado de tudo que fizeram.. Você escreveu esse post para desabafar, mas acabou me ajudando muuitoo e eu agradeço de coração. Muito Obrigada. Ah! e no assunto da dieta, vc podi sim comer no final de semana, mas não exagere, senão não irá funcionar. Beijos, fica com Deus e se cuida. Mayara.

     
  • At terça-feira, 27 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    (aiii que delicia meu speed funiconar e teu blog abrir inteiro!!)

    Meu pai parece o seu =D Ele não chora nunca, bom, ninguém nunca viu. A minha mãe, que o conhece há mais de 30 anos, jura que ele não chora e pronto.
    E eu, imagino o que você sentiu porque já o fiz ficar com lágrimas nos olhos, levar a mão ao rosto e enxuga-las antes que pudessem cair.
    IMAGINO, apenas. Sou mimada, metida, arrogante, egocêntrica e segundo minha mãe verdadeiramente ruim. Portanto eu senti prazer. Simplismente porque ele havia me magoado, ele havia - p/ mim - me abandonado, deixado de ser paciente e compreensivo p/ ser implicante e autoritário... Isso era um pecado. Na verdade os meus olhos ficam marejados de lembrar ¬¬
    Pensando no que ele sentiu, lembrando do que eu senti... A sua vida é sua. Por mais que suas escolhas não sejam boas são as suas escolha, e as dele, as que ele fez pela sua mãe por você... Dele. Nenhum de vocês tem o direito de interferir nisso, apesar de se chatearem com algumas delas... você deve fazer o que tem vontade, deve fazer suas escolhas pra si mesma. Porque não é seu pai, sua mãe, o mozi ou qualquer outra pessoa que vive sua vida. Nenhum dele pode se quer te julgar.

     
  • At terça-feira, 27 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    oIIIIIIIIIIIIIIIIIII linda!!!
    noussa seu blog é perfeitããaãõ
    AMEEIIIIIII
    pensei q era loca¬¬
    mas se eu for vc tbm é HAHAHAHAHAHAHAAH
    aiiiiiiiiiiiii amei mesmu seu blog!!
    passa no meu ??
    http://myscretproanamia.weblogger.terra.com.br/index.htm

     
  • At terça-feira, 27 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Realmente é muito complicado ver um pai chorar,ainda mais quando é por nós.
    Já vi meu pai chorar somente uma vez,e assim como vc,me tocou na alma.
    O mais importante nessa história é que ele te ama e te quer bem.
    Até mais lindinha.

     
  • At quarta-feira, 28 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Olha só.. aprendi uma coisa bem legal com minha ex sogra... que os pais precisam aprender que criam os filhos pro mundo, pq enquanto n aprenderem isso faram seus filhos sofrerem... Seu pai te ama da maneira dele.. e isso vc já percebeu.. Mas vc n pode chorar pq ele fica triste e vc n ser como ele quer... vc é vc.. e n um sonho dele... é dificil pra nós filhos assim como pra um pai.. eu tenho medo de sair de casa por causa deminha mãe.. mas ... um dia vou fazer isso.. terei q eixar minha mãe morando sozinha.. pq se eu n fixer n vou construir minha familia!!! n terei minha vida!! e n vou criar meu filhos pro mundo!! Acho q o mas egal é dizer a nossos pais que estamos e somos felies.. temos problemas.. mas quem n tem?! Sim.. somos felizes.. a ana tenta nos deixar triste.. mas são momentos de trsites dentro da nossa felicidade... então pense. e lembre de dizer sempre a ele que vc é feliz.. e q se vc é feliz.. vc deve tudo isso a ele!!! E se vc é feliz. deve seguir sua vida.. feliz.. seu estino, q vc escolheu!!!
    Beijos

     
  • At quarta-feira, 28 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    lindooooo! amei esse post! nc vi coisa tao sincera na vida...fikei ate emocionada...pk tb m identifikei com o k vc sentiu...acontece o msmo cmg e com o meu pai sab???
    encara isso com calma...n s considera o pior dos seres por fzr seu pai sofrer...mas sao suas escolhas k n sao aceites por ele e n vc k o magoa ta?
    bjao t adoro ^^

     
  • At quarta-feira, 28 março, 2007, Blogger Pink Rose said…

    Ahh amiga, eu apenar deixei meu coração falar! Você é um pessoa linda, sensível, inteligente...Tenho certeza que você vai descobrir o momento certo de mergulhar nesta nova fase que está a sua espera.
    Bjs

     
  • At quarta-feira, 28 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    olá

    que post tocante...
    ... bom, eu ñ posso falar pq ñ tenho a experiencia de ter um pai. A minha mãe tomou conta de mim sozinha, eu sempre disse que ela era mãe e pai ao msm tempo mas, claro, nunca é a mesma coisa.

    Acho que qdo era pequena fazia + diferença, agr ñ. Qdo chegava o dia do pai e todos tínhamos k fazer aqueles trabalhos manuais para oferecer eu ficava sempre mais defensiva e fechada, pq sabia perfeitamente que aquilo era para a minha mãe, e ter que escrever 'feliz dia do pai' quando era para a mãe... bom, mas tb ñ acho q seja assim tao grave. Com o tempo habituamo-nos a tudo, e diria k a minha mae fez o melhor q podia para atender a todas as necessidades.

    Mas deve ser bom ter um pai (excepto aqueles casos que... bom, enfim).

    Beijinhos **

     
  • At quarta-feira, 28 março, 2007, Blogger Dreamer said…

    Ahh, eu amo tudo o que você escreve, assim como todos, não é! leio e releio tudo mesmo haha um beijão

     
  • At quarta-feira, 28 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Oi!Acredito q vc possa fazer a dieta do leite e colocar um pouco de café,me parece até bem inteligente pq o café realmente ajuda a "aumentar" a pressão.(Sem contar q café tem bem menos calorias q o leite). Vc me deu uma idéia,viu?hehehe.
    Beijos.

     
  • At quinta-feira, 29 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Bem eu nunca tive pai, mas tive um avô q ao menos um pouco ele surpria essa minha "carência"
    infelismente faz quase 2 anos e sinto mto falta dele axo q ele foi a pessoa por qm mais eu me senti amada
    As vezes paro p/ pensar q com certeza ele ñ está feliz vendo essas coisas q eu faço e fico me sentindo culpada
    fico sentindo akele ar de reprovação...
    q não sou a neta qrida da qual ele enxia a boca p/ flar
    Ahh ñ tenho mto oq flar
    eu fico pesando ahh vou largar essa neura d emagrecer vou fazer uma dieta saudável, vou voltar a ir à igreja... mas fico adiando essas coisas
    Aff me emocionei com esse post
    lindo
    bju!!

     
  • At quinta-feira, 29 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Olá!
    adorei o post! d alguma forma tb me identifico com certs aspectos q dizes; eu tb sei q o meu pai sofre mt cm as minhas mudanças repentinas e isso faz-m sentir ainda mais horrível mas sincerament sinto-me impotente, não sei o q fazer para inverter a situação...

    beijooss««

    PS: http://neeeurotic.blogs.sapo.pt/4684.html

     
  • At quinta-feira, 29 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Oi lindinha! Eu li sua mensagem e vou te dizer q descobri uma maneira ótima de fazer abdominais: eu uso uma bola grande(fitness ball,já ouviu falar?)e nessa bola vc apoia as costas e faz os exercícios de forma mais segura e por mais tempo tbm.Eu ligo um som e faco uma série de 20 depois mais 20.(iniciante)
    Vou te passar um email e te explico melhor.
    Beijinhos

     
  • At quinta-feira, 29 março, 2007, Blogger Doce Ana said…

    Oi amore,q saudade q tava!!Pensei será que ela não vem mais me ver??rs
    Puxa fiquei muito feliz mesmo,sério de coração.
    Tô passando uma parte delicada demais e sei que esses pensamentos não provém de coisa boa e sim ruim mesmo,Mas Deus é meu ajudador e creio q sairei desta.
    Tive um atrito com um amigo e fiquei de uma maneira q nem te conto...meu esposo em partes ficou do meu lado em partes não...este assunto tomou uma proporção q é melhor deixar a poeira abaixar.O fato é q o seu apoio é fundamental pra q eu não venha a olhar pra trás e sim só pra frente com coisas boas,i´deias boas e sonhos...
    Quero poder estar bem os dias e ter vc apoiando me ajuda muito...um grande abraço bem apertado...bjs

     
  • At sexta-feira, 30 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Foi o único homem que eu conheci, que chorou de alegria quando a filha nasceu.
    Era uma homem possante, alto, forte, com entradas e uma voz aterradora. A voz dele assustava-me, quando me chamava. Ecoava pela casa, saía pela porta do quintal e apanhava-me em cheio, no meio das asneiras constantes que eu fazia.
    Levava-me à escola num minimog aberto e eu adorava ir, agarrada aos ferros e aos saltos no jipe.
    Quantas vezes, ao fim do dia, ou aos fins de semana, me dizia de repente: "anda". E, íamos...ao Baleizão. Comprava gelados de cone, de baunilha, enrolava-os em guardanapos e lambíamos os gelados empoleirados no carro. Nunca me deixava comer o cone até ao fim, embora eu, adorasse essa parte do gelado. Dizia que era uma porcaria, porque muitas mãos sujas já teriam pegado nele.
    Desmaiou quando me suturaram a testa. Ameaçou quando me engessaram o braço, "se não ficar tudo bem, venho cá e, eu mesmo, lhe parto um braço..."
    Ensinou-me a nadar com uma mão espalmada na minha barriga. Era uma mão enorme e eu de bruços a bater os pés, sentia-me segura.
    Dava-me segurança...sempre me deu segurança. Alimentava o meu espírito de aventura e dizia que eu era forte, valente e corajosa.
    Mais tarde quando eu era uma menina-mulher, ensinei-lhe a escrever com a mão esquerda. Grafismos em papel quadriculado que, ainda hoje, guardo. E fazia-lhe bolas de plasticina para ele exercitar a mão direita. Nessa altura, era eu que assinava por ele documentos importantes, até ele conseguir assinar com a mão esquerda. Os dois sentados à mesa, eu a treinar a assinatura e ele, a amassar a plasticina.
    Ofereci-lhe uma bengala para o ajudar a andar, mas ele orgulhoso não usou. Arrastava a perna direita, altivo e sempre possante.
    Nunca se sentiu vencido. Pelo menos, nunca o mostrou...
    Tinha um humor único. Tantas histórias, absolutamente hilariantes, que eu guardo na minha memória.
    Envelhecia de dia para dia. Apaixonou-se por caniches e eu ofereci-lhe um. Escolhemos os dois o nome "Xuxu", em memória de uma cadelinha, que outrora, tinha feito parte da minha infância. Andava com o Xuxu para todo o lado. Eram companheiros inseparáveis.
    Falei com ele na véspera, à noite. Estava bem disposto. De manhã, levantou-se, arranjou-se e saiu para ir às compras.
    No subterrâneo de um supermercado, ao subir a rampa de acesso, de braço dado com a companheira de toda uma vida em comum, vacilou...
    Quando chegou de mansinho ao chão, já tinha partido. Partiu ao lado da mulher que amou durante 50 anos.
    Fui buscá-lo à morgue. Estava de fato e gravata, digno e hirto, como sempre o conheci. Acompanhei-o sozinha no carro funerário até à igreja.
    Foi a última viagem que fiz com ele de carro. Mas, desta vez, ele não ia a conduzir. Nem íamos no minimog, lamber gelados de baunilha.
    Nunca mais me senti forte, valente e corajosa.

    Um abraço para você
    Gabriela

     
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